11
Fev11
Maria João Brito de Sousa - Chão de mim
eva
Toco este chão
Com olhos de quem beija
E sei que não embarcarei
Mais vez nenhuma
Chão de mim
Em mutação constante
Que outra força
De mim te afastaria?
Constantemente o toco
Com mãos ocas de um nada
Que despejo
E depois recolho
Cheias de um tanto
Que só eu desvendo
Por isso sei
Que não embarcarei
Enquanto as mãos
Puderem sentir
E pressentir
O chão que me deu vida
Maria João Brito de Sousa
in http://liberdadespoeticas.blogs.sapo.pt/
de 17.11.10