Maria João Brito de Sousa - Mas tu não vês?
Mas tu não sabes,
Tu não vês
Que cada dia,
Só será dia se o tiver justificado?
Nunca sentiste
Essa estranhíssima euforia
Que perpetua
Aquilo que é criado?
Não reparaste
Nas razões que desconheces
A sorrirem pr’a ti
Como se as preces
Não fossem as fronteiras
Do tangível?
Duma humildade que tanto apregoas,
Duma vontade que não dá descanso,
Desse incondicional nunca parar
Que irá justificar sermos pessoas…
Daquilo que vais dando e eu nunca alcanço
Porque é sempre um recuo, esse alcançar…
Se crês poder voar…
porque não voas?
Maria João Brito de Sousa em http://liberdadespoeticas.blogs.sapo.pt/2011/03/09/